Gazyva: como solicitar o medicamento de alto custo na Justiça

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Frasco do medicamento Gazyva ao lado de ficha oncológica
Gazyva pode ser solicitado judicialmente após negativa

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Receber a negativa de um medicamento essencial à vida é uma experiência angustiante. Quando o oncologista prescreve o Gazyva (obinutuzumabe) para o tratamento do linfoma, muitos pacientes se deparam com a recusa do plano de saúde ou do SUS. O alto custo, somado à urgência do tratamento, torna a situação ainda mais delicada.

Neste artigo, você vai entender para que serve o Gazyva, por que ele costuma ser negado, quanto custa o tratamento, como garantir judicialmente o acesso e quais são as dúvidas mais frequentes de pacientes e familiares.

O Escritório Klícia Garcia atua em todo o país com foco em causas de alta complexidade, como medicamentos de alto custo negados, com mais de 20 anos de experiência na advocacia.

Para que serve o Gazyva?

O Gazyva (obinutuzumabe) é um anticorpo monoclonal utilizado no tratamento de alguns tipos de linfoma não-Hodgkin, principalmente o linfoma folicular. Ele atua ligando-se a uma proteína presente nas células cancerígenas, promovendo sua destruição pelo sistema imunológico.

O Gazyva é geralmente associado a outros medicamentos, como a quimioterapia (bendamustina), e é indicado para pacientes que não responderam adequadamente a outras terapias.

O medicamento possui registro regular na ANVISA e é respaldado por diretrizes internacionais de tratamento oncológico.

Qual o preço do Gazyva no Brasil?

O valor do Gazyva é considerado elevado. Cada frasco do medicamento pode custar mais de R$ 30 mil, e o tratamento completo pode ultrapassar R$ 180 mil, a depender da duração e da resposta do paciente.

Esse alto custo torna o acesso via particular inviável para a maioria das famílias, o que torna essencial a participação do plano de saúde ou do SUS no fornecimento.

Por que o Gazyva costuma ser negado?

As justificativas mais comuns utilizadas pelos planos de saúde e pelo SUS para negar o fornecimento do Gazyva incluem:

  • Alegar que o medicamento não consta no rol da ANS;
  • Dizer que o uso é off label (fora da bula) entenda o que isso significa;
  • Considerar o tratamento como experimental;
  • Afirmar que não há previsão contratual;
  • Argumentar sobre o custo elevado.

Contudo, essas justificativas têm sido contestadas judicialmente. O entendimento do STJ é de que o rol da ANS é exemplificativo e não deve limitar o acesso ao tratamento indicado por médico especialista.

Como solicitar o Gazyva judicialmente?

Com o apoio de um advogado especializado em Direito à Saúde, é possível ingressar com ação judicial e solicitar liminar para que o plano de saúde ou o SUS forneçam o medicamento.

A liminar é uma decisão urgente, que pode ser concedida em poucos dias, evitando atrasos que possam comprometer o tratamento.

Documentos necessários:

  • Laudo médico completo com CID, histórico do paciente e justificativa da escolha pelo Gazyva;
  • Prescrição médica com posologia;
  • Comprovante da negativa administrativa (plano ou SUS);
  • Cópia de documentos pessoais e do plano de saúde (se houver);
  • Comprovante de residência.

O Escritório Klícia Garcia disponibiliza modelo de laudo orientativo para facilitar a organização da documentação. Esse modelo pode ser adaptado conforme cada caso clínico e ajuda a garantir maior clareza na fundamentação do pedido.

E se eu não tiver plano de saúde? Posso solicitar pelo SUS?

Sim. Mesmo não tendo plano de saúde, o paciente pode acionar judicialmente o SUS e solicitar o fornecimento do Gazyva, desde que comprove:

  • Não ter condições financeiras de arcar com o tratamento;
  • Ter laudo médico com prescrição fundamentada;
  • Estar em risco de agravamento do quadro clínico.

Dúvidas comuns sobre o Gazyva

O Gazyva é indicado apenas para linfoma?

Sim, atualmente ele é aprovado para tratamento de linfoma folicular e linfoma linfocítico crônico, mas sua indicação pode se ampliar de acordo com a evolução de estudos clínicos.

O tratamento com Gazyva é contínuo?

Não. Ele costuma ser administrado em ciclos definidos e associado a outros medicamentos. A duração varia conforme a resposta do paciente e protocolo do oncologista.

O plano de saúde pode limitar o número de ciclos?

Não. Se houver prescrição médica fundamentada, o plano deve fornecer o tratamento completo. A recusa com base em limite contratual é considerada prática abusiva.

A liminar garante que o plano forneça o medicamento?

A liminar é uma decisão provisória, e sim, ela pode obrigar o plano a fornecer o Gazyva em poucos dias, especialmente em casos de urgência.

Atendimento online: atue de onde estiver

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Conclusão: você não está sozinho

Receber uma negativa para um medicamento essencial como o Gazyva não significa o fim das possibilidades. Muitos pacientes conseguiram acesso ao tratamento após acionar a Justiça com orientação jurídica adequada.

Com mais de 20 anos de atuação jurídica e foco em causas complexas na área da saúde, o Escritório Klícia Garcia oferece suporte estratégico, ágil e empático para garantir seus direitos. Cada caso é único, mas há caminhos possíveis para quem busca justiça e dignidade no tratamento de doenças graves.

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Dra. Klícia Garcia

Advogada registrada sob OAB/MG nº. 101.367. Com mais de 20 anos de experiência.
Pós-Graduada em Direito Médico, Odontológico e da Saúde pelo Instituto Paulista de Estudos Bioéticos e Jurídicos-IPEBJ.