Pembrolizumabe: Preço e para que serve?

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Havendo prescrição médica, o medicamento Keytruda (Pembrolizumabe) deve ser coberto pelo plano de saúde ou SUS.
Saiba quanto custa o Pembrolizumabe e em quais tipos de câncer ele costuma ser indicado. Fonte: Freepick

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Plano recusou o que seu médico indicou?

Entendemos a angústia de ver o tratamento parado. Analisamos a negativa e mostramos as alternativas jurídicas possíveis, de forma rápida e acessível.

Receber a notícia de que um tratamento prescrito foi negado pelo plano de saúde é um choque, e quando isso envolve o Pembrolizumabe (Keytruda®), usado em terapias contra o câncer, a sensação é de injustiça e urgência.

Em oncologia, o tempo é fator crítico: atrasar o início de uma medicação pode comprometer seriamente a resposta do organismo.

Cada dia sem tratamento representa um risco, não apenas estatístico, mas real, sentido pelo paciente e sua família.

Na prática, a negativa não significa ausência de direito, significa apenas que será preciso buscar o reconhecimento dele, muitas vezes com o auxílio da Justiça.

Neste conteúdo, você vai entender o que é o Pembrolizumabe, por que os planos de saúde negam seu fornecimento, quais são os direitos dos pacientes e como a atuação de um advogado especializado em saúde pode mudar o rumo do tratamento.

O que é o Pembrolizumabe e para que serve?

O Pembrolizumabe (Keytruda®) é um imunoterápico de alto custo registrado na ANVISA e amplamente utilizado no tratamento de diferentes tipos de câncer avançado ou metastático.

Ele atua bloqueando a proteína PD-1 (programmed death-1), responsável por “desligar” a resposta imunológica.

Ao inibir esse mecanismo, o medicamento estimula o sistema imunológico a reconhecer e atacar células tumorais.

Entre as indicações mais comuns estão:

  • Câncer de pulmão de não pequenas células;
  • Melanoma avançado (câncer de pele);
  • Câncer de bexiga (carcinoma urotelial);
  • Câncer gástrico ou de junção gastroesofágica;
  • Linfoma de Hodgkin clássico;
  • Carcinoma de células renais (rim);
  • Câncer de mama triplo negativo.

Esse mecanismo inovador tem trazido esperança real a pacientes que já haviam esgotado outras linhas de tratamento.

Qual é o valor do Pembrolizumabe?

O custo do Pembrolizumabe é uma das maiores barreiras ao acesso.

Cada dose do Keytruda® pode custar até R$ 22.000,00, dependendo da dosagem e forma de aplicação. Como o protocolo geralmente envolve múltiplas aplicações, o tratamento completo pode ultrapassar R$ 100 mil em poucos meses.

Esse valor torna o medicamento de alto custo inacessível para a maioria das famílias sem a cobertura do convênio ou sem decisão judicial.

Por que os planos de saúde negam o Pembrolizumabe?

As justificativas mais comuns apresentadas pelas operadoras são:

  • O medicamento não está no rol da ANS;
  • O uso prescrito é considerado off label (fora da bula);
  • Alegação de que se trata de tratamento experimental;
  • Custo elevado para a operadora.

Essas razões, contudo, não se sustentam juridicamente. O STJ já consolidou o entendimento de que o rol da ANS é exemplificativo, principalmente após a Lei 14.454/2022, e não pode restringir o direito do paciente quando há prescrição médica fundamentada.

Em outras palavras: a escolha do tratamento é decisão do médico, não do plano de saúde.

Solicitar Keytruda judicialmente.

Como conseguir o Pembrolizumabe pela Justiça?

Quando o plano de saúde (ou o SUS) se recusa a fornecer o medicamento, é possível ingressar com uma ação judicial com pedido de liminar.

A liminar é uma decisão provisória concedida de forma célere, que pode obrigar a operadora ou o Estado a fornecer o medicamento em poucas horas ou dias, considerando a urgência do quadro clínico.

Exemplo prático: um paciente diagnosticado com câncer de pulmão teve prescrição médica para iniciar imediatamente o tratamento com Pembrolizumabe, mas o convênio negou a cobertura. A Justiça concedeu a liminar em 48 horas, impondo multa diária em caso de descumprimento.

O Escritório Klícia Garcia já conquistou diversas decisões semelhantes, garantindo o início imediato do tratamento em casos graves.

Quais documentos são necessários para entrar com a ação?

Passo a passo para solicitar o Pembrolizumabe pela justiça.

Para fortalecer o pedido judicial e acelerar a análise da liminar, os principais documentos são:

  • Laudo médico detalhado, com CID e justificativa clínica do uso do Pembrolizumabe;
  • Prescrição médica atualizada;
  • Comprovante da negativa do plano (ou protocolo de atendimento);
  • Documentos pessoais do paciente (RG e CPF);
  • Carteirinha do plano de saúde e comprovante de pagamento;
  • Comprovante de residência.

Caso ainda não tenha o laudo completo, o escritório disponibiliza modelo orientativo que auxilia médicos a detalharem corretamente a necessidade do medicamento.

O SUS fornece o Pembrolizumabe?

Embora o SUS ofereça diversos medicamentos oncológicos, o Pembrolizumabe ainda não está amplamente disponível na rede pública.

Nesses casos, também é possível ingressar com ação judicial contra o Estado ou Município. A Justiça frequentemente reconhece a urgência e concede liminares obrigando o fornecimento gratuito.

Qual o prazo e valor da ação judicial?

  • Duração do processo: varia de 2 a 4 anos até decisão final.
  • Com a liminar: o medicamento pode ser liberado em poucos dias.
  • Custos do processo: dependem da complexidade e da urgência, sendo avaliados individualmente.

O importante é que a liminar antecipa o direito e permite iniciar o tratamento sem demora.

Atendimento jurídico online: atuação em todo o Brasil

O Escritório Klícia Garcia atua de forma 100% online, com envio de documentos online, assinatura eletrônica válida juridicamente e atendimentos por videochamada.

Assim, pacientes de qualquer região podem garantir seus direitos com agilidade, segurança e apoio humano especializado.

Quanto custa o Pembrolizumabe no Brasil?

O Pembrolizumabe (Keytruda®) é classificado como medicamento de alto custo. Cada aplicação pode variar de R$ 18 mil a R$ 22 mil, dependendo da dosagem e da região, e o tratamento completo pode ultrapassar cem mil reais ao ano.

O plano de saúde é obrigado a cobrir o Pembrolizumabe (Keytruda)?

Não. Quando há prescrição médica fundamentada, a negativa é considerada abusiva. O rol da ANS não pode limitar o direito do paciente.

O SUS fornece o Pembrolizumabe?

Atualmente, o SUS não fornece o Pembrolizumabe de forma ampla. Porém, é possível conseguir o medicamento pela Justiça em ações contra o Estado, quando há prescrição médica e urgência comprovada.

O que fazer se o plano de saúde negar o Pembrolizumabe?

O paciente pode entrar com uma ação judicial com pedido de liminar. A Justiça costuma conceder decisões rápidas, obrigando o plano a fornecer o medicamento em poucos dias.

Conclusão: lutar pelo seu direito é possível e urgente

Ter o Pembrolizumabe negado não significa o fim do tratamento.

Com a ajuda de uma equipe especializada em Direito da Saúde, é possível garantir judicialmente o fornecimento do medicamento, proteger a vida e iniciar o tratamento em tempo hábil.

O Escritório Klícia Garcia já assegurou milhões em medicamentos de alto custo na Justiça, sempre com atuação estratégica e sensível à realidade dos pacientes.

Se você ou um familiar teve o Pembrolizumabe negado, entre em contato. Estamos prontos para defender seu direito e buscar decisões rápidas para garantir seu tratamento.

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Dra. Klícia Garcia

Advogada registrada sob OAB/MG nº. 101.367. Com mais de 20 anos de experiência.
Pós-Graduada em Direito Médico, Odontológico e da Saúde pelo Instituto Paulista de Estudos Bioéticos e Jurídicos-IPEBJ.