Cosentyx: medicamento negado pelo plano de saúde? Entenda seus direitos

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Frascos de medicamento Cosentyx (secuquinumabe) de alto custo usados no tratamento de doenças autoimunes
Frascos de Cosentyx, medicamento indicado para psoríase grave, artrite psoriásica e espondilite anquilosante, frequentemente negado pelos planos de saúde. Fonte: Freepick

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Plano recusou o que seu médico indicou?

Entendemos a angústia de ver o tratamento parado. Analisamos a negativa e mostramos as alternativas jurídicas possíveis, de forma rápida e acessível.

Receber o diagnóstico de uma doença autoimune grave é como ter o chão puxado sob os pés. Quando, além disso, o médico recomenda o Cosentyx e o plano de saúde se recusa a cobrir, a sensação pode ser de estar preso em um labirinto sem saída: de um lado, um tratamento eficaz mas caríssimo; do outro, a necessidade urgente de lutar pelo direito de acesso à saúde.

O Cosentyx (secuquinumabe) é um medicamento de alto custo inovador, indicado para doenças como psoríase em placas grave, artrite psoriásica e espondilite anquilosante.

Apesar de aprovado pela Anvisa e amplamente prescrito por especialistas, sua cobertura é constantemente negada por planos de saúde.

Neste artigo, vamos explicar como funciona o acesso ao Cosentyx, por que os planos costumam negar o tratamento e como a Justiça pode ser o caminho para garantir o cuidado necessário com segurança jurídica e agilidade.

O escritório Klícia Garcia Advocacia é referência nacional em Direito Médico e da Saúde, com ampla experiência em ações judiciais envolvendo medicamentos negados, doenças crônicas e decisões liminares urgentes.

Para que serve o Cosentyx?

O Cosentyx é um anticorpo monoclonal que bloqueia a interleucina-17A, proteína ligada a processos inflamatórios nas doenças autoimunes. Em termos simples, é como “desligar o interruptor” da inflamação que agride as articulações e a pele.

Ele é indicado para:

  • Psoríase em placas moderada a grave
  • Artrite psoriásica
  • Espondilite anquilosante
  • Hidradenite supurativa (em casos específicos)

O Cosentyx costuma ser prescrito quando outros tratamentos não deram resultado ou causaram efeitos colaterais severos. Para muitos pacientes, representa a chance de recuperar não apenas a mobilidade, mas também a dignidade e a qualidade de vida.

Para que serve o Cosentyx? Fonte: Freepick

Cosentyx: qual o valor do tratamento?

O Cosentyx é um medicamento de alto custo e seu valor varia conforme a dosagem e o tempo de uso:

  • Uma seringa de 150 mg pode custar entre R$ 3.500 e R$ 5.000
  • O tratamento inicial (com doses semanais) pode ultrapassar R$ 20 mil no primeiro mês
  • O tratamento contínuo tem custo médio mensal entre R$ 5 mil e R$ 10 mil

Esse valor está completamente fora da realidade de muitas famílias. Alguns pacientes chegam a interromper o tratamento por falta de recursos, o que pode causar agravamento da doença, dores incapacitantes e até perda de funções motoras.

Sem condições de arcar com o medicamento?

Por que os planos de saúde negam o Cosentyx?

Apesar de o Cosentyx ser um medicamento aprovado pela Anvisa e prescrito por médicos especialistas, muitos pacientes enfrentam a recusa dos planos de saúde. Isso ocorre, em grande parte, porque o medicamento tem um custo elevado e o fornecimento pode gerar impacto financeiro para a operadora. Mas essa não é uma justificativa aceitável do ponto de vista jurídico.

Os planos costumam justificar a negativa com base em argumentos técnicos ou burocráticos, como:

  • O medicamento está fora do Rol da ANS
  • Suposto uso off label (fora da indicação da bula)
  • Existência de tratamentos alternativos mais baratos
  • Classificação como medicamento ambulatorial, fora da obrigação contratual

Na prática, esses argumentos nem sempre consideram a realidade do paciente. Muitos já tentaram outras medicações sem sucesso, sofrem com dores crônicas, perda de mobilidade e impactos severos na rotina. A negativa, portanto, não é apenas uma questão contratual é uma barreira ao acesso à saúde e à dignidade.

A Lei nº 14.454/2022 e o entendimento do STJ reforçam que o rol da ANS é exemplificativo, e que a recomendação médica fundamentada deve prevalecer. Quando há laudo médico justificando a urgência e a ausência de alternativas eficazes, a Justiça pode e tem garantido o acesso ao Cosentyx.

Como solicitar o Cosentyx na Justiça?

Se o plano de saúde ou o SUS recusou o fornecimento do Cosentyx, é possível entrar com uma ação judicial com pedido de liminar. A liminar é uma decisão rápida, que pode obrigar a cobertura do medicamento em poucos dias.

Passo a passo:

Como solicitar o Cosentyx na Justiça? Fonte: Freepick
  1. Peça a negativa por escrito
  2. Solicite ao seu médico um relatório com CID, histórico da doença, justificativa da escolha do Cosentyx e urgência
  3. Reúna seus documentos pessoais e exames
  4. Procure um advogado especialista em medicamento de alto custo negado
  5. Ajuíze uma ação com pedido de liminar

Jurisprudência: decisões favoráveis sobre o Cosentyx

  • O TJSP determinou a cobertura do Cosentyx para paciente com espondilite anquilosante grave, reconhecendo a urgência e ausência de alternativas eficazes
  • O TRF3 condenou o SUS a fornecer o Cosentyx para paciente com psoríase grave que não respondia a outros tratamentos

Essas decisões mostram que a Justiça tem acolhido pedidos de fornecimento do Cosentyx, quando há respaldo médico e risco à saúde do paciente.

Atualmente todo processo judicial é online em todo Brasil.

Atendimento online com validade jurídica em todo o Brasil

Muitas pessoas ainda têm dúvidas se, morando em outro estado, podem ser atendidas pelo nosso escritório. A resposta é sim. Todos os processos judiciais de saúde são digitais, e não existe qualquer barreira legal para a atuação em diferentes regiões do país.

O contrato pode ser assinado digitalmente, com validade jurídica total, e você não precisa sair de casa para buscar seus direitos. Atuamos em diversos estados, com a mesma agilidade, acolhimento e estratégia em cada caso.

O papel do advogado especializado em medicamentos de alto custo

O escritório Klícia Garcia atua diariamente com ações envolvendo medicamentos como o Cosentyx. Sabemos que viver com uma doença autoimune grave é um desafio físico, emocional e financeiro. E que o tempo faz diferença.

Nossa equipe estrutura o processo com foco na rapidez e segurança do paciente, acompanhando todas as etapas com dedicação, humanidade e responsabilidade técnica.

Perguntas frequentes sobre o Cosentyx (Secuquinumabe)

O Cosentyx tem registro na Anvisa?

Sim. O Cosentyx (secuquinumabe) possui aprovação da Anvisa, o que obriga planos de saúde a fornecerem o medicamento quando houver prescrição médica fundamentada.

Quanto custa o tratamento com Cosentyx?

O custo varia entre R$ 3.500 e R$ 5.000 por dose, com valor mensal que pode superar R$ 10.000 em tratamentos contínuos.

O plano de saúde pode negar o Cosentyx?

Pode tentar negar, mas a Justiça considera abusiva a recusa quando existe laudo médico indicando a necessidade do medicamento.

O SUS fornece o Cosentyx?

Não de forma automática. No entanto, existem precedentes judiciais determinando que o SUS disponibilize o medicamento em casos de urgência.

É possível conseguir o Cosentyx por liminar?

Sim. A liminar é uma decisão judicial rápida que pode obrigar o fornecimento do Cosentyx em poucos dias.

Posso pedir reembolso se pagar pelo Cosentyx particular?

Sim. Caso o paciente arque com o medicamento por conta própria, é possível solicitar o reembolso integral por via judicial. Porém, existem regras específicas antes de fazer a compra, procure um advogado especialista.

Conclusão: Não desista do seu direito ao tratamento

O Cosentyx (secuquinumabe) é uma esperança real para pacientes com doenças autoimunes graves. Apesar do custo elevado e das negativas abusivas, existem caminhos jurídicos para garantir o tratamento.

Se você ou um familiar teve o Cosentyx negado pelo plano de saúde, fale agora com uma advogada especialista em planos de saúde. O direito à saúde é constitucional e a Justiça já tem confirmado, em inúmeros casos, a obrigatoriedade do fornecimento desse medicamento essencial.

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Dra. Klícia Garcia

Advogada registrada sob OAB/MG nº. 101.367. Com mais de 20 anos de experiência.
Pós-Graduada em Direito Médico, Odontológico e da Saúde pelo Instituto Paulista de Estudos Bioéticos e Jurídicos-IPEBJ.