Ser diagnosticada com lipedema é, para muitas mulheres, o início de uma busca por alívio para dores crônicas, inchaços e limitações físicas que impactam diretamente a qualidade de vida. Mais do que um desconforto estético, o lipedema é uma doença progressiva, invisível para muitos, mas sentida diariamente por quem convive com ela.
A lipoaspiração, quando recomendada por um médico, surge como uma esperança de retomada da mobilidade e bem-estar. Porém, o alto custo do procedimento e a recusa do plano de saúde em custeá-lo se tornam um novo desafio para quem já enfrenta tantas dificuldades físicas e emocionais. É nesse cenário que o suporte jurídico especializado faz a diferença. Com mais de 20 anos de experiência, o Escritório Klicia Garcia é referência nacional em Direito Médico e da Saúde, atuando com estratégia e sensibilidade em casos como esse.
O que é lipedema?
O lipedema é uma doença que causa acúmulo anormal de gordura em determinadas partes do corpo, especialmente nas pernas, coxas e braços. Diferente da obesidade, o lipedema não melhora apenas com dieta e exercício. É uma condição genética e crônica, que pode causar:
- Dor ao toque
- Sensação de peso nas pernas
- Inchaço desproporcional
- Dificuldade de mobilidade
- Impacto psicológico e social significativo
O diagnóstico é feito por médico especialista, geralmente angiologista ou cirurgião vascular, com base em histórico clínico, exame físico e exames de imagem.
Por que a lipoaspiração é indicada para lipedema?
A lipoaspiração para lipedema não tem finalidade estética, mas sim terapêutica. O objetivo é remover o tecido adiposo inflamado que causa dor, compressão de vasos e comprometimento funcional.
Esse tipo de cirurgia melhora significativamente a qualidade de vida, podendo interromper a progressão da doença e reduzir o uso de medicamentos. É indicada principalmente para pacientes que:
- Já tentaram medidas conservadoras (meias, drenagem, fisioterapia)
- Sentem dor intensa e limitação funcional
- Estão em estágio avançado da doença
A técnica mais comum é a lipoaspiração tumescente com cânulas finas, que permite preservar estruturas vasculares e linfáticas.
Qual o custo médio da lipoaspiração para lipedema?
O valor da cirurgia pode variar conforme a extensão da área a ser tratada, equipe médica, hospital, cidade e número de sessões. Em geral, o custo varia entre R$ 25 mil e R$ 80 mil por etapa, podendo haver necessidade de múltiplos procedimentos.
Por se tratar de um tratamento terapêutico para uma doença progressiva, esse valor torna-se inacessível para muitas pacientes, especialmente considerando que os planos de saúde deveriam cobrir.
O plano de saúde pode negar a lipoaspiração para lipedema?
Segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), os planos de saúde devem cobrir tratamentos prescritos por médicos sempre que houver indicação clínica justificada, mesmo que o procedimento não esteja listado no rol. Essa diretriz reforça o entendimento do Superior Tribunal de Justiça de que o rol da ANS não é taxativo e que a cobertura deve ser analisada conforme a necessidade do paciente.
Infelizmente, sim. Muitos planos ainda negam a cobertura alegando caráter estético da cirurgia, o que contraria a realidade clínica e científica atual. As negativas mais comuns são baseadas em:
- Ausência da cirurgia no rol da ANS
- Classificação como procedimento estético
- Alegação de que o lipedema não tem cobertura obrigatória
Porém, essas justificativas nem sempre são legais. Quando há indicação médica fundamentada, a recusa pode ser considerada abusiva, especialmente após decisões do STJ e do STF que reconhecem:
- O rol da ANS não é taxativo
- O direito à saúde é constitucional
- O tratamento indicado por médico deve prevalecer, desde que haja respaldo técnico-científico
Casos reais: Justiça tem garantido a cirurgia
Diversas decisões judiciais já reconheceram o direito de mulheres com lipedema à lipoaspiração com cobertura pelo plano. Em muitos desses casos, a liminar é concedida rapidamente, diante da urgência do tratamento e do sofrimento causado pela doença.
Os juízes têm considerado:
- Existência de laudo médico com CID e justificativa terapêutica
- Provas de falha dos tratamentos conservadores
- Risco de agravamento da doença
Essas decisões têm obrigado os planos a custear integralmente a cirurgia, incluindo hospital, equipe médica e materiais necessários.
O que fazer se o plano de saúde negou a lipoaspiração para lipedema?
Se você recebeu uma negativa, siga este passo a passo:
- Peça a negativa por escrito (ou e-mail da operadora)
- Solicite ao médico um laudo detalhado, com CID do lipedema, exames, histórico de tratamentos e justificativa técnica
- Guarde toda a documentação médica e da recusa
- Procure um advogado especialista em Direito da Saúde
Com esses documentos, é possível ingressar com ação judicial com pedido de liminar, para garantir o acesso à cirurgia de forma rápida.
Veja mais detalhes sobre liminares: liminar e seus desdobramentos legais
Atendimento jurídico em todo o Brasil
Você pode contar com um time especializado, mesmo à distância. O escritório Klicia Garcia oferece atendimento jurídico online para pacientes com lipedema que tiveram a cirurgia negada pelo plano de saúde.
Com mais de 20 anos de atuação em Direito Médico e da Saúde, o escritório é referência em ações judiciais para obtenção de tratamentos negados. A equipe analisa seu caso com agilidade e propõe as melhores estratégias jurídicas para garantir o tratamento.
Conclusão
A lipoaspiração para lipedema é um tratamento legítimo, seguro e reconhecido, que pode transformar a vida de mulheres que sofrem com dor, inchaço e limitação física.
Se o seu plano de saúde negou o acesso à cirurgia, você não está sozinha. Existem caminhos jurídicos legítimos e cada vez mais reconhecidos pela Justiça para garantir esse direito.
Caso tenha dúvidas ou precise de ajuda com a documentação, o Escritório Klicia Garcia está disponível para te orientar.