Ocrevus Ocrelizumabe: preço e para que serve?

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Havendo prescrição médica do medicamento Ocrevus® (Ocrelizumabe), pode ser abusiva a negativa de fornecimento pelo plano de saúde, cabendo uma ação judicial para ter acesso ao medicamento.
Remédios empilhados sobre a mesa.

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Ocrevus Ocrelizumabe negado pelo plano de saúde: o que fazer para obter o medicamento

O Escritório Klicia Garcia, referência nacional em ações contra planos de saúde e medicamentos de alto custo, explica neste conteúdo como pacientes com prescrição médica podem garantir o acesso ao medicamento Ocrevus Ocrelizumabe, mesmo após uma negativa da operadora. Entenda para que serve esse imunoterápico, seu valor, como agir juridicamente e quais decisões a Justiça tem tomado nesses casos.

Para que serve o medicamento Ocrevus Ocrelizumabe?

O Ocrevus (nome comercial do Ocrelizumabe) é indicado para o tratamento de:

  • Formas recorrentes de esclerose múltipla (EMR)

  • Esclerose múltipla primária progressiva (EMPP)

O medicamento é um anticorpo monoclonal humanizado que atua diretamente nas células B, controlando a atividade inflamatória no sistema nervoso central, o que ajuda a desacelerar a progressão da doença.

Trata-se de um medicamento aprovado pela ANVISA e amplamente utilizado no tratamento de esclerose múltipla.

Qual o preço do Ocrevus Ocrelizumabe?

O Ocrevus Ocrelizumabe é classificado como medicamento de alto custo, com preço que pode variar entre R$ 34.800,00 e R$ 47.330,00, a depender da farmácia e região. Devido à necessidade de uso prolongado, o custo acumulado do tratamento é extremamente elevado.

Por isso, é comum que pacientes recorram ao plano de saúde ou à Justiça para garantir o fornecimento sem custo direto.

O plano de saúde pode negar o Ocrevus?

Não. Se a doença está coberta pelo plano, a recusa em fornecer o medicamento indicado pode ser considerada abusiva, sobretudo quando se trata de um tratamento essencial para impedir a progressão de uma condição grave como a esclerose múltipla.

Mesmo que o medicamento:

  • Não esteja no rol da ANS

  • Tenha custo elevado

  • Esteja fora de diretrizes de utilização

…essas justificativas, como a ausência no rol da ANS, o custo elevado ou a falta de diretrizes específicas, não são aceitas quando há prescrição médica fundamentada. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) já consolidou o entendimento de que o rol da ANS tem caráter exemplificativo, e não pode ser utilizado como argumento absoluto para restringir o acesso ao tratamento. Negar o fornecimento nesses casos pode configurar prática abusiva e violação do direito constitucional à saúde.

Como conseguir o medicamento Ocrevus pela Justiça?

Diante da negativa do plano, é possível ingressar com uma ação judicial com pedido de liminar, solicitando o fornecimento imediato do Ocrevus Ocrelizumabe antes mesmo do julgamento final do processo.

Esse tipo de medida costuma ser analisado com agilidade, principalmente quando há urgência e risco à saúde do paciente.

Quais documentos são necessários para entrar com a ação?

Para acelerar o processo e permitir a atuação eficaz da advogada, é fundamental reunir:

  • Relatório médico detalhado, indicando a doença, urgência e justificativa do uso

  • Prescrição médica com posologia e dosagem

  • Cópia da negativa do plano ou número de protocolo de atendimento

  • Documentos pessoais (RG, CPF, comprovante de residência)

  • Carteira do plano de saúde e comprovantes de pagamento recentes

Com esses documentos, é possível estruturar uma ação judicial robusta e solicitar uma liminar para garantir o fornecimento do tratamento.

O que dizem os tribunais sobre o fornecimento do Ocrevus Ocrelizumabe?

A Justiça tem reconhecido, de forma reiterada, que o fornecimento do Ocrevus não pode ser negado quando houver prescrição médica clara e fundamentada. Em especial:

  • O direito à saúde é protegido pela Constituição

  • A urgência do tratamento justifica a concessão de liminares

  • A recusa do plano fere o princípio da dignidade da pessoa humana

Assim, os tribunais têm concedido liminares com rapidez, obrigando as operadoras a fornecerem o Ocrevus para continuidade do tratamento, evitando a progressão da esclerose múltipla.

Conclusão

O fornecimento do Ocrevus Ocrelizumabe é fundamental para o controle da esclerose múltipla e, diante de uma recusa indevida por parte do plano de saúde, é essencial que o paciente conheça seus direitos. A jurisprudência tem caminhado no sentido de proteger o direito à saúde e garantir o acesso ao tratamento indicado pelo médico.

Se você enfrenta uma negativa de cobertura, procure orientação com uma advogada especialista em Direito à Saúde para analisar seu caso e buscar, com agilidade, a garantia do seu tratamento.**

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Dra. Klícia Garcia

Advogada registrada sob OAB/MG nº. 101.367. Com mais de 20 anos de experiência.
Pós-Graduada em Direito Médico, Odontológico e da Saúde pelo Instituto Paulista de Estudos Bioéticos e Jurídicos-IPEBJ (2018).